sábado, 28 de janeiro de 2012

SANTA IRMÃ MARIA FAUSTINA KOWALSKA
(1905-1938)
Glogowiec, lugar de nascimento de Irmã Faustina
Irmã Faustina com seus familiares
A Irmã Faustina Kowalski, apóstola da Misericórdia de Deus conhecida em todo o mundo, é considerada pelos teólogos como uma pessoa que faz parte de um grupo de notáveis místicos
da Igreja. Nasceu no dia 25 de agosto de 1905, como a terceira dos dez filhos numa pobre mas piedosa família de aldeões, em Glogowiec (Polônia). No batismo, que se realizou na igreja paroquial de Swinice Warskie, recebeu o nome de Helena. Desde a infância distinguiu-se pela piedade, pelo amor à oração, pela diligência e obediência, e ainda por uma grande sensibilidade à miséria humana. Apesar de ter frequentado a escola por menos de três anos, no DIÁRIO por ela deixado, numa linguagem extremamente transparente, descreveu exatamente o que queria dizer, sem ambiguidades, com muita simplicidade e precisão.
Nesse DIÁRIO, escreve ela a respeito das vivências da sua infância: “... eu senti a graça à vida religiosa desde os sete anos. Aos sete anos de vida ouvi pela primeira vez a voz de Deus em minha alma, ou seja, o convite à vida religiosa, mas nem sempre fui obediente à voz da graça. Não me encontrei com ninguém que me pudesse esclarecer essas coisas”.
Aos dezesseis anos de idade, deixou a casa paterna para ir trabalhar como empregada doméstica em Aleksandrów, perto de Lodz, a fim de angariar meios para a subsistência própria e ajudar
os pais. Nesse tempo o desejo de ingressar na vida religiosa aos poucos ia amadurecendo nela. Visto que seus pais não concordavam com tal decisão, Heleninha procurou sufocar em si
o chamado divino.
Anos depois, escreveria em seu DIÁRIO: “Numa ocasião, eu estava com uma de minhas irmãs num baile. Enquanto todos se divertiam a valer, a minha alma sentia tormentos interiores. No momento em que comecei a dançar, de repente vi Jesus a meu lado, Jesus sofredor, despojado de Suas vestes, todo coberto de chagas e que me disse estas palavras: Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu me decepcionarás? Nesse momento parou a música animada, não vi mais as pessoas que comigo estavam, somente Jesus e eu ali permanecíamos. Sentei-me ao lado de minha irmã, disfarçando com uma dor de cabeça o que se passava comigo. Em seguida, afastei-me discretamente dos que me acompanhavam e fui à catedral de S. Estanislau Kostka. Já começava a anoitecer e havia poucas pessoas na catedral. Sem prestar atenção a nada do que ocorria à minha volta, caí de bruços diante do Santíssimo Sacramento e pedi ao Senhor que me desse a conhecer o que devia fazer a seguir. Então, ouvi estas palavras: Vai imediatamente a Varsóvia (Polônia) e lá entrarás no convento. Terminada a oração, levantei-me, fui para casa e arrumei as coisas indispensáveis. Da maneira como pude, relatei a minha irmã o que havia acontecido na minha alma. Pedi que se despedisse por mim de meus pais e assim, só com a roupa do corpo, sem mais nada, vim para Varsóvia” (Diário, 9).
Em Varsóvia (Polônia), procurou um lugar para si em diversas comunidades religiosas, mas em todas foi recusada. Foi somente no dia 1 de agosto de 1925 que se apresentou à Congregação
das Irmãs da Divina Misericórdia, na Rua Zytnia, e ali foi aceita. Antes disso, para atender às condições, teve que trabalhar como empregada doméstica numa família numerosa na região
de Varsóvia, para dessa forma conseguir o enxoval pessoal.
Ela descreveu em seu DIÁRIO os sentimentos que a acompanhavam após ter ingressado
na vida religiosa: “Sentia-me imensamente feliz, parecia que havia entrado na vida do paraíso.
O meu coração só era capaz de uma contínua oração de ação de graças” (Diário, 17).
Parque Veneza, em Lodz
– o lugar do baile.

Catedral de S. Estanislau Kostka
em Lodz, Polônia.

Interior da catedral. Neste lugar Jesus Cristo chamou Irmã Faustina à vida religiosa.



Casa generalícia da Congregação de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia
em Varsóvia, Polônia, Rua Zytnia 3/9, na qual ingressou Irmã Faustina.

Na congregação recebeu o nome de Irmã Maria Faustina. Realizou o noviciado em Cracóvia

e foi ali que, na presença do bispo Estanislau Rospond, professou tanto os primeiros votos religiosos como, passados cinco anos, os votos perpétuos de castidade, pobreza e obediência. Trabalhou em diversas casas da Congregação, porém permaneceu mais tempo em Cracóvia (Polônia), Vilna (Lituânia) e Plock (Polônia), exercendo as funções de cozinheira, jardineira

e porteira. Exteriormente nada deixava transparecer a sua profunda vida mística. Ela cumpria assiduamente as suas funções, guardando com zelo a regra religiosa. Era recolhida e silenciosa, embora ao mesmo tempo fosse desembaraçada, serena, cheia de amor benevolente
e desinteressado para com o próximo.

O severo estilo de vida e os extenuantes jejuns que ela se impunha antes ainda de ingressar
na Congregação enfraqueceram tão severamente seu organismo que já no postulado teve
de ser encaminhada para tratamento de saúde. Após o primeiro ano do noviciado vieram
as experiências místicas extremamente dolorosas – da chamada noite escura, e depois os sofrimentos espirituais e morais relacionados com o cumprimento da missão que havia recebido de Jesus Cristo.
Irmã Faustina ofereceu a sua vida a Deus em sacrifício pelos pecadores, a fim de salvar as suas almas, e por essa razão foi submetida a numerosos sofrimentos. Nos últimos anos de vida intensificaram-se as enfermidades do organismo: desenvolveu-se a tuberculose, que atacou
os pulmões e o trato alimentar. Por essa razão, por duas vezes, durante alguns meses, permaneceu em tratamento no hospital.

Completamente esgotada fisicamente, mas em plena maturidade espiritual e misticamente
unida a Deus, faleceu no dia 5 de outubro de 1938 com fama de santidade, tendo apenas 33 anos de idade, dos quais 13 anos de vida religiosa (Notas do Diário de santa Irmã Faustina).

VATICANO, Praça de S. Pedro, 30 de abril de 2000.
O Papa João Paulo II proclama a Irmã Faustina Kowalski santa.


Convento da Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia em Plock (Polônia),
onde Jesus Cristo apareceu a Irmã Faustina e lhe recomendou que pintasse uma imagem,
apresentando-lhe o modelo na visão.
Casa da Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia, onde nos anos 1933-1936 residiu Irmã Faustina
e onde Jesus Cristo lhe ditou o terço da Misericórdia Divina. Vilna (Lituânia), Rua Grybo, 29
Convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia
em Cracóvia – Lagiewniki, Rua S. Faustina 3, na Polônia – lugar de descanso dos restos mortais de Irmã Faustina.
Trecho do manuscrito do Diário de santa Irmã Faustina.


No dia 10 de dezembro de 2005, por um decreto da Santa Sé, a santa Irmã Faustina foi proclamada padroeira da cidade de Lodz (Polônia).

Monumento à S. Irmã Faustina na Praça da Independência, em Lodz.


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FESTA DE NATAL COMEMORA OS 11 ANOS DE MISSÃO

A Comunidade dos Filhos e Filhas da Divina Misericórdia realizou no dia 21 de Dezembro de 2011 a 11ª edição do Natal para as famílias comemorando o seu 11º aniversário de fundação (24/11/2000). O evento aconteceu no espaço de eventos "Gonzagão" e contou com a presença de mais de 600 pessoas. Foram enviados vários ônibus para as comunidades convidadas, sobremaneira as do Bairro Santa Maria, e o acolhimento no Gonzagão ficou a cargo de Papai Noel e do Anjo Gabriel, interpretados pelo Ir. Leão e pela jovem missionária Franciele, que na ocasião distribuíam sacolas com balas, pipocas, sucos e pirulitos. Em seguida, enquanto se acomodavam, as crianças recebiam algodão doce e pipoca feitos na hora. Delícia! A apresentação do Alto do Natal, encenado pelos Jovens Missionários da Divina Misericórdia, deu inicio aos shows que contou também com a participação de um belíssimo coral da Igreja Adventista do Sétimo Dia e da estréia da "Galerinha de Jesus", o mais novo projeto artístico voltado para a evangelização de crianças do Instituto. Nos intervalos das apresentações as crianças e seus pais comeram à vontade um maravilhoso cachorro-quente e salgados com bastante refrigerante. No final houve distribuição de presentes para toda a criançada. Que o Bom Deus nos ajude a ter um ano de 2012 cheio de muita graça e muitos projetos realizados. Parabéns IFDM!








Histórico IFDM


11 anos de Fundação! Como tudo começou?
O Instituto dos Filhos e Filhas da Divina Misericórdia completou no dia 24 de Novembro de 2011 seu 11º aniversário de fundação. Ele surgiu por inspiração do Frei Cristiano Lima Santos, ex-frade capuchinho, que desde 1994 profetizou o surgimento de um grupo que uniria as orações com as obras de misericórdia, baseando-se na espiritualidade de Santa Faustina Kowalsca, a Apóstola da Divina Misericórdia. Não imaginando que ele seria nosso fundador, o Frei Cristiano ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em dezembro de 1995, iniciando oficialmente o seu Aspirantado em fevereiro de 1996. Morou nos conventos de São Judas Tadeu (Aracaju-SE), Nossa Senhora de Fátima (Vitória da Conquista-BA) e Nossa Senhora do Rosário de Pompéia (Esplanada-BA). Passando por toda a formação inicial, pouco depois dos votos, quando retornou ao convento de Aracaju para cursar Teologia e Serviço Social, o Frei começou a receber do Senhor a inspiração de uma nova forma de vida, com constituições próprias, o desenho da casa sede, nosso hábito, a missão... As luzes lhe vinham em sonhos, durante a adoração e enquanto varria o convento. Aos poucos ele foi recordando o que o Senhor havia lhe falado em 1994 e começou a perceber que era uma nova comunidade que deveria surgir. Todavia, o amor pelos frades capuchinhos e o medo não permitiam que ele respondesse positivamente ao apelo do Senhor que já insistia que o novo instituto deveria chamar-se "Filhos e Filhas da Divina Misericórdia" e que deveria ter sua sede no lugar mais pobre e marginalizado dentro do bairro Santa Maria (que naquela época ainda se chamava "Terra Dura", um dos bairros mais violentos do estado). "Tenho pressa!” repetia insistentemente o Senhor, mas durante dois anos o Frei resistiu ao apelo, pois, de modo algum, desejava abandonar os frades capuchinhos. Foi depois de um retiro em Salvador-BA que ele fez uma escolha radical de abandonar tudo e começar o novo instituto naquele lugar que, até novembro de 2000, ainda não havia colocado os pés. Como tinha medo de iniciar essa aventura de fé sozinho pediu ao Senhor que lhe enviasse alguns irmãos que tivessem a coragem de acompanhá-lo. E assim fez o Senhor enviando-lhe Fernando e Edicarlos, os primeiros noviços da CFDM. Em 24 de novembro de 2000 deu-se a fundação oficial do Instituto com a admissão desses irmãos ao noviciado. Em 22 de dezembro daquele mesmo ano o Frei deixou o convento São Judas Tadeu e a Ordem dos Frades Capuchinhos sem olhar para trás. Em 06 de janeiro de 2001 iniciou a missão no Santa Maria, após ter renovado os votos em nova fórmula diante do Arcebispo Dom José Palmeira Lessa, no encerramento do Jubileu de Cristo da Arquidiocese de Aracaju. Quase três meses depois, no dia 22 de março, os irmãos estabeleceram-se definitivamente no bairro, morando inicialmente na casa paroquial de Santa Cruz e algumas semanas depois na Rua 30, Nº 76 do Conjunto Padre Pedro. Pouco tempo depois, tendo o Senhor atendido as orações dos irmãos, receberam o terreno da esquina da Rua 32, Nº 122 (local da atual sede do Instituto) onde construíram uma nova casa; passando a utilizar a antiga casa como capela da comunidade. Aos poucos os trabalhos foram surgindo e crescendo.